Afinal tenho
Hoje cheguei ao trabalho às nove em ponto e deparei-me com um palestra de meia-hora sobre as filogenias inerentes ao mtDNA em 8 espécies de cães. Este foi um estudo fundado pela FCT ou outro organismo governamental qualquer. Para além de ficar mal disposto e com fome, fiquei também a pensar no défice de 6% e com que tamanho ficaria se se comessase a cortar em tudo o que não será estritamente necessário (mas sem retirar o interessantemente desnecessário). E não falo só em ciência mal dirigida. Falo de obras embargadas, falo de policias que só passam multas, e sobretudo falo em efectivos da função pública sentados horas a fio em frente a um telefone a ler o jornal.
Socorri-me do google na procura por bons exemplos de entidades obscuras da função pública...
1.Divisão de Apoio à Comissão Coordenadora das Corridas de Cavalos
(a implementar apenas quando o desenvolvimento das corridas de cavalos o vier a justificar)
2. Divisão de Apoio aos Perímetros de Aproveitamento Hidroagrícola da Direcção de Serviços dos Recursos Naturais e dos Aproveitamentos Hidroagrícolas (DSRNAH)
3. Divisão de Nomenclatura e Gestão Pautal da DS da Tributação Aduaneira da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo.
Este último está a cargo do Dr. Francisco Curinha que gere, com não pouca diligência, os seus 11 esforçados trabalhadores da função pública. De certo que estão neste momento a dar o seu todo para garantir que as importações que entram em Portugal tenham sempre o devido nome. Não se vá chamar tangerinas às clementinas ou vice-versa. Certamente que a maioria deles merece cada centavo do seu salário, do seu passe dos transportes, das suas reformas e do seguro de saúde que permite as idas sucessivas de todos os membros da familia a um médico privado sempre que sangrem do nariz. No entanto já se sabe que há de estar lá alguém com pouco que fazer. Nem que seja um em onze. Talvez o noivo da sobrinha do Dr. Curinha que entrou à pouco tempo e que ainda se está a habituar ao computador e aos intervalos para o almoço (que a lei estipula) ou o referido "senhor que atende o telefone" que já lá está à tanto tempo.
Fazendo uma matemática rápida. Vamos supor que metade do orçamento de estado vai para pagar trabalhadores da funcção pública. Se fosse possível eliminar esse um em cada onze - que não faz nada de especial - seria uma diminuição de 50% a dividir por 11 que dá 4,54%.
Ora o défice é equivalente a 6,38% do PIB, se retirarmos os 4,54% (que em termos de percentagem do PIB até serão mais do que em termos de percentagem do orçamento) ficamos com um défice a rondar o 1,84%... dos melhores indices do mundo.
Assim proponho a implementação do plano 1 em 11. Forma-se uma comissão investigadora da função pública e começa-se a despedir todo o trabalhador que aparenta passar a maior parte do seu tempo a ler o jornal e afiar lápis. Esta actividade continua até que se tenha libertado 1/11 da função pública. Outra solução seria um modelo "Elo Mais Fraco" em que os membros de cada organismo votariam em quem deve sair.
Ai se eu mandasse...
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Socorri-me do google na procura por bons exemplos de entidades obscuras da função pública...
1.Divisão de Apoio à Comissão Coordenadora das Corridas de Cavalos
(a implementar apenas quando o desenvolvimento das corridas de cavalos o vier a justificar)
2. Divisão de Apoio aos Perímetros de Aproveitamento Hidroagrícola da Direcção de Serviços dos Recursos Naturais e dos Aproveitamentos Hidroagrícolas (DSRNAH)
3. Divisão de Nomenclatura e Gestão Pautal da DS da Tributação Aduaneira da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo.
Este último está a cargo do Dr. Francisco Curinha que gere, com não pouca diligência, os seus 11 esforçados trabalhadores da função pública. De certo que estão neste momento a dar o seu todo para garantir que as importações que entram em Portugal tenham sempre o devido nome. Não se vá chamar tangerinas às clementinas ou vice-versa. Certamente que a maioria deles merece cada centavo do seu salário, do seu passe dos transportes, das suas reformas e do seguro de saúde que permite as idas sucessivas de todos os membros da familia a um médico privado sempre que sangrem do nariz. No entanto já se sabe que há de estar lá alguém com pouco que fazer. Nem que seja um em onze. Talvez o noivo da sobrinha do Dr. Curinha que entrou à pouco tempo e que ainda se está a habituar ao computador e aos intervalos para o almoço (que a lei estipula) ou o referido "senhor que atende o telefone" que já lá está à tanto tempo.
Fazendo uma matemática rápida. Vamos supor que metade do orçamento de estado vai para pagar trabalhadores da funcção pública. Se fosse possível eliminar esse um em cada onze - que não faz nada de especial - seria uma diminuição de 50% a dividir por 11 que dá 4,54%.
Ora o défice é equivalente a 6,38% do PIB, se retirarmos os 4,54% (que em termos de percentagem do PIB até serão mais do que em termos de percentagem do orçamento) ficamos com um défice a rondar o 1,84%... dos melhores indices do mundo.
Assim proponho a implementação do plano 1 em 11. Forma-se uma comissão investigadora da função pública e começa-se a despedir todo o trabalhador que aparenta passar a maior parte do seu tempo a ler o jornal e afiar lápis. Esta actividade continua até que se tenha libertado 1/11 da função pública. Outra solução seria um modelo "Elo Mais Fraco" em que os membros de cada organismo votariam em quem deve sair.
Ai se eu mandasse...
